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Média móvel de óbitos por Covid-19 cai 31% e vacinação avança 55% em um mês

Em um mês, a pandemia da Covid-19 ganhou nova feição no Brasil, com a redução de 31% da média móvel de óbitos e aumento de 55,6% na quantidade de pessoas que tomaram ao menos uma dose da vacina contra a doença.

A média de mortes registrada ontem pelo boletim de veículos de imprensa foi de 2.087 — em 10 de abril, o índice foi 3.025. Na mesma data, 23 milhões de pessoas receberam a primeira dose de um dos imunizantes administrados no país, a AstraZeneca/Oxford ou a CoronaVac. Ontem, este número passou para 35,9 milhões, o equivalente a 16,9% da população.

Coordenador da Frente de Diagnóstico da Força-Tarefa da Unicamp contra a Covid-19, Alessandro Farias atribui a queda da média móvel de mortes ao avanço da campanha de vacinação, sobretudo entre os idosos, que são a população mais vulnerável ao vírus, e ao número de pessoas que já foram infectadas — que, segundo estimativas de seu grupo de estudos, pode ter ultrapassado a marca de 50 milhões. No registro do consórcio, são 15,2 milhões.

— Não sabemos quanto tempo dura a imunidade proporcionada pela infecção. Talvez os anticorpos neutralizantes consigam segurar o vírus por um período entre quatro e seis meses. É, então, um alívio temporário, e não suficiente para atingirmos a imunidade de rebanho necessária para conter a pandemia, ressalta. — A boa notícia é que o número de reinfecções ainda não é grande, mesmo com a chegada de novas variantes.

Farias avalia que ainda é cedo para saber se a queda da média móvel de óbitos será mantida:

— Veremos a resposta daqui a uma semana. A atual redução da média de mortes deve-se ao acirramento das medidas de distanciamento social feitas por alguns estados nas últimas semanas, entre eles São Paulo, que é responsável por 25% dos óbitos por Covid no país, pondera. — Ainda assim, vejo que há maior adesão a medidas como o uso de máscaras. Muitas pessoas perderam familiares e, agora, decidiram adotar esta proteção.

Gabriel Maisonnave Arisi, professor da Escola Paulista de Medicina da Unifesp, também considera difícil que o país sustente por muito tempo a média de 2 mil óbitos por dia:

— Diante de tantas mortes, e somado ao aumento da vacinação, é possível que caminhemos para a imunidade coletiva. Mas já teríamos uma taxa de letalidade menor se não usássemos remédios sem eficácia contra a Covid-19, como a cloroquina.

A vacinação, porém, ainda não atingiu a velocidade considerada desejável pela comunidade científica para imunizar toda a população até o final do ano. O ideal seria a aplicação de 1,5 milhão de doses por dia. Nesta segunda-feira, porém, foram 908.380, e a situação pode ficar mais crítica nas próximas semanas, diante da escassez de insumos para produção de vacinas. Além disso, cientistas alertam que a circulação dos vírus respiratórios aumenta no inverno, o que provocaria um novo recrudescimento da pandemia em julho.

— Precisamos agilizar a imunização, porque estamos nos deparando com novas mutações do coronavírus e ainda não sabemos quais serão os seus efeitos na curva epidemiológica, alerta Arisi.

Do O Globo

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