Os presidentes de partidos se queixam de que dispõem de pouco dinheiro para investir nas candidaturas competitivas deste ano. Ainda mais tendo, obrigatoriamente, que destinar 30% para mulheres.
No PDT, a quem coube o valor de R$ 103 milhões, o presidente nacional do partido, Carlos Lupi, já tem frase pronta a quem vem chorar por recurso:
—Não sou banqueiro.
O partido tem cerca de 1 mil candidatos a prefeitos e 25 mil a vereador.
O PSB tem R$ 109 milhões de fundo, com cerca de 1,2 mil candidatos a prefeito e 35 mil a vereador. Como Lupi, o presidente da legenda, Carlos Siqueira, também tem resposta pronta às reclamações por mais dinheiro nas campanhas:
— De onde eu tiro?
As eleições de 2018 ficaram marcadas, entre outros delitos, pelas candidaturas fakes de mulheres que, segundo a polícia e o Ministério Público, serviam de fachada para levar dinheiro do fundo eleitoral e repassar ao comando das legendas.
A divisão de recursos ainda tem de levar em conta a aplicação imediata dos incentivos às candidaturas de pessoas negras ainda nas eleições municipais deste ano, determinada por Ricardo Lewandowski. Quanto a esse critério, porém, presidentes partidários ainda apostam numa reversão em plenário.
Por Lauro jardim/O Globo